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Do novelo de lã ao gato angorá: Emoção de Lidar e as técnicas expressivas no método de Nise da Silveira. – Claudia Brasil
O encontro terapêutico é como um trançado feito de cordas ou de náilon: os nós são dados e desatados e uma imagem vai sendo formada. Essa imagem é composta do inconsciente e consciente do analista e analisando. A mistura de quatro instâncias dá o tom da ordem do encontro e efetiva a relação. O fogo é necessário para aquecer de forma branda e natural. Uma relação que não enfrenta fogo alto, mas é mantida em fogo brando, com o cozimento das emoções, a diluição dos complexos e a formação de um todo indivisível. Assim é o encontro analítico. Mistura, dilui, separa e une. São etapas do processo alquímico que produz a aceleração e continuidade da transformação, do surgimento do novo, da transcendência. Trata-se de quatérnio que forma a relação de transferência e contratransferência. Os dois são afetados e transformados. O analista, conhecedor do processo, deve conduzir a relação que Jung definiu assim:
“Na análise clínica constatou-se que os conteúdos inconscientes se manifestam sempre, primeiro, de forma projetada, sobre pessoas e condições objetivas. Muitas projeções são integradas no individuo definitivamente, pelo simples reconhecimento de que fazem parte do mundo subjetivo. Mas há outras, no entanto, que não se deixam integrar, apenas se desligam dos seus conteúdos, a relação com o progenitor do sexo oposto tem uma importância toda especial. Falo da relação filho – mãe, filha- pai, e também da relação irmã- irmão. Geralmente, esse complexo não pode ser integrado por completo, sendo que quase sempre o médico é colocado no lugar do pai, do irmão e até da mãe. A experiência mostra que tais projeções se estabelecem com toda a sua intensidade primitiva. Consequentemente, o vínculo que se forma corresponde, em todos os aspectos, à primitiva relação infantil, e a tendência é repetir com o médico todas as experiências da infância.”
O vínculo de transferência varia de intensidade e isso interfere na evolução da análise. A base do trabalho analítico será na qualidade dessa relação e do fogo que a aquece. Assim, surge o novo ser, mais integrado e autônomo. Completa-se, então, o ciclo terapêutico do encontro que envolve sensibilidade, olhar aguçado e acolhimento.
As pesquisas de Nise da Silveira levaram à observação do fenômeno que ela chamou de afeto catalisador, em que a relação entre o monitor e o doente mental no hospital psiquiátrico produziu a catalisação de imagens do inconsciente, amenizando os surtos psicóticos. A partir daí, Nise intensificou o incentivo às relações afetivas no ateliê.
“Costumo dizer que um atelier ou oficina funcionam como uma espécie de catalisador. A química nos fala de substâncias cuja presença acelera a velocidade das reações e catalisadores formam um complexo crítico ou um quase composto. Em oposição ao agente catalisador está o agente inibidor, que impede a reação.”
Nise da Silveira percebeu que a convivência dos doentes mentais com os animais trazia benefícios e integrou essa prática nos ateliês. O animal de estimação, segundo Nise, tem o mesmo poder de catalisar imagens e afetos que o monitor. A convivência com os gatos e cachorros, em especial, pode ter um papel bastante terapêutico.
“Desde a adoção da pequena cadela Caralampia (1955) por um doente que frequentava uma de nossas oficinas, verifiquei as vantagens da presença de animais no hospital psiquiátrico. Sobretudo o cão reúne qualidades que o fazem muito apto a tornar-se um ponto de referência estável no mundo externo. Nunca provoca frustrações, dá incondicional afeto sem nada pedir em troca, traz calor e alegria ao frio ambiente hospitalar. Os gatos têm um modo de amar diferente . Discretos, esquivos, talvez sejam muito afins com os esquizofrênicos na sua maneira de querer bem.”
Arteterapia: o papel dos materiais expressivos nos encontros de almas
Os materiais desempenham uma importância significativa, porque podem estar diretamente ligados ao processo de transferência. Podem ser o terceiro elemento que forma a tríade e ameniza a projeção maciça ao terapeuta. Nessa nova relação, os materiais expressivos ganham espaço e as projeções se tornam mais palpáveis. Materializam-se. Assim, percebe-se uma evolução mais rápida em determinadas situações. Com a materialização de conteúdos não-verbais, os afetos são diluídos e aspectos dos complexos integrados. A relação analista – analisando fica mais branda, sem o fogo intenso. A transferência acontece no tempo e medida certa, sem grandes intercorrências penosas para ambos.
A qualidade do material concorre para que aconteça um bom desempenho e interesse do analisando em se manifestar através dos recursos expressivos. Materiais plásticos, técnicas do psicodrama ou teatro terapêutico. Muitas são as possibilidades e devem estar sintonizadas com as necessidades daquela pessoa. Cada momento e situação pede um tipo de abordagem e material. Por exemplo: o uso da colagem em início de processo ou a tinta em situação de choro compulsivo. São várias opções e cabe ao analista fazer a intervenção no momento em que perceber essa necessidade.
Quando se escolhe um determinado material expressivo, deve-se observar as suas propriedades e se em sua composição há água, terra ou outros elementos que vão interferir na troca energética com o usuário. É relevante saber quando utilizar os materiais, em que tempo da análise e em que momento interferir. Não se trata de um elemento de apelação, mas sim um amparo, um vaso ou receptáculo que abriga as imagens mais profundas e que ainda não são nomináveis. Assim, vai-se formando o processo através das imagens. Os conteúdos expressos em imagens pintadas, desenhadas, esculpidas ou montadas, vão formando um todo que representa a linguagem do inconsciente. Através dessas mensagens o analista pode observar o caminho que o inconsciente precisa fazer para se tornar expressão na vida da pessoa. Como no processo de individuação, a essência do indivíduo se manifesta. É possível, também, ter um prognóstico através dessa linguagem não-verbal. As imagens trazem toda a verdade do ser humano: nada escapa ou se esconde.
Um dos materiais mais usados no processo de arteterapia é o pastel seco. Trata-se de um material de boa qualidade e composto de pigmento puro, além de uma cola para dar liga, formando o bastão. Normalmente é vendido em caixas com cores variadas, geralmente vivas. Seu uso exige o manuseio com os dedos. Uma leve força e movimentos repetitivos criam uma relação calorosa com o papel e bastões. Além disso, até a pessoa que não tem intimidade com os materiais expressivos gosta de se expressar através do pastel seco, pois as imagens fluem, mesmo quando a pessoa não tem habilidade para o desenho. Por isso é muito usado na clínica junguiana. Algumas pessoas produzem séries inteiras com o uso desse material, elegendo-o como objeto catalisador, o terceiro elemento na tríade.
Nas imagens que se seguem, pode-se observar o uso do pastel seco associado a outros materiais, como lápis de cor e pastel a óleo. Fica nítido o caminho de deslocamento de um conflito até a abertura para novas possibilidades.
Figura 1: Partes indiscriminadas.
O processo é iniciado com dúvidas e recortes de lembranças que furtam a coesão de pensamento ou o sentido na vida.
Figura 2: Partes separadas. Discriminação.
Inicia-se a separação. Fica mais fácil entender cada conteúdo, cada parte da totalidade. Os movimentos circulares e as cores escuras no centro indicam energia represada no interior do núcleo. A imagem sugere núcleos carregados de energia. Material ainda inconsciente, porém, com muita carga energética.
Figura 3: O centro. Desabrochando.
As cores se harmonizam em torno do centro. Existe um núcleo que emana a energia represada. Há comunicação do centro com o todo. Algo se abre e se comunica.
Figura 4: A discriminação.
A energia se transforma e surgem as árvores como símbolo do desenvolvimento da psique. O céu e a terra compõem a totalidade e integram a razão e a emoção. Esse é um símbolo que representa o novo através da cor verde.
Outra técnica que se usa com frequência na clínica analítica é o recorte e colagem, utilizando linhas, agulhas, tecidos e tesoura. Usam-se recortes de tecidos para imprimir relevo, autenticidade, unindo partes e condensando o que estava despedaçado. Além dos benefícios de colar, juntar pedaços e integrar, pode-se utilizar a agulha, linha e tecidos para costurar, interagindo com um novo tecido. Formando a pele como novo tecido. É criação e enredamento de novas possibilidades na vida. Costurar, fiar, tecer, colar. São técnicas que levam à unificação: juntar pedaços. Por isso é extremamente terapêutico esse tipo de produção.
A pintura também é utilizada no espaço analítico. Tinta guache, aquarela, pigmentos, têmpera ou acrílica. Quando há necessidade de liberar a fluidez, expulsar energia represada que provoca efeitos no corpo e sintomas angustiantes, a tinta pode promover essa liberação. Traz alívio imediato. Quanto maior a quantidade de conteúdo reprimido, causando angústia e sofrimento, maior a necessidade do uso das tintas. Liberar através de imagens, expelindo de forma irracional tais conteúdos, promove percepção de novas possibilidades quando há materialização dos afetos. Assim, entre tintas, lápis, colas, tesouras, cores, movimentos e intenções o ser se transforma.
O processo de fluir através das imagens plasmadas em papel, barro ou outra base promove a aproximação do inconsciente ao consciente, criando um canal de comunicação entre essas duas instâncias que diminui as tensões e cisões provocadas pelo desequilíbrio na psique.
Figura 5: As flores, o verde, vermelho e cores da terra.
Símbolo do amor e do nascimento. Do novo que surge. As flores representam a ligação afetiva, a sensibilidade ao outro, mas também a experiência da beleza do inconsciente integrada à consciência.
Às vezes o material escolhido tem mais força que o próprio afeto motivador da relação com a escolha do material em si. O barro é um desses que, ao ser tocado, impõe a sua força. A sua flexibilidade depende de como é tocado, mas também a troca de energia vai dizer as intenções. Tudo pode se modificar no meio do caminho – o curso e o fluxo. O barro surpreende, atinge a alma de forma única. É preciso ter disponibilidade para interagir com o inusitado, com algo que não se controla. Esse desafio é bem-vindo no processo de análise, no momento em que há necessidade do desapego, do desprendimento. Deixar acontecer para observar sem controle e sem intenção.
As construções são utilizadas no processo como uma forma de erguer as estruturas do ego, de fortalecer a consciência para o diálogo com o inconsciente. Estruturar algo por fora ajuda a estruturar dentro. O mundo interno e o mundo externo se comunicam e tudo que está dentro, também está fora. Ao construir um personagem, uma máscara ou uma cidade, está construindo ou erguendo estruturas mais firmes dentro de si mesmo.
Todas essas técnicas e experiências com materiais plásticos e expressivos promovem mudanças e provocam interferências na relação de transferência e contratransferência entre analista e analisando. São afetos que são afetados. Olhos que são olhados. Essa troca entre material, terapeuta e cliente torna possível uma visão mais adequada da psique.
“O ser criativo é maior do que qualquer solo, ou seja, os recursos para expressarmos a obra são menos importantes do que a obra, o ato de criar. Contudo, cabe ao terapeuta decidir proporcionar um solo que abrigue as imagens da obra ou deixe livre para que as imagens repousem onde encontrar abrigo.”
Nise da Silveira, Casa das Palmeiras e Emoção de Lidar
A Casa das Palmeiras, segundo dra. Nise, é um território livre. Nise. Todos podem entrar e sair. O espaço criativo da Casa das Palmeiras foi protegido dos mecanismos políticos e foi uma escolha consciente de Nise não ter vínculos que interferissem na autonomia e liberdade da Casa. Uma frase de Nise que resumia essa filosofia: “melhor um cachorro magro solto que um gordo de coleira”.
Todos os integrantes, médicos, psicólogos, assistentes sociais, monitores, estagiários e clientes podem transitar livremente, sem jalecos ou crachás de identificação. Nesse território todos são iguais.
“A equipe da Casa das Palmeiras está sempre atenta para ler sem impertinência, ou melhor, apreender, o que transparece na face, mãos e gestos do cliente. Essa observação, seja nas atividades individuais ou de grupo, nos parece indispensável para que o cliente seja conhecido em maior profundeza e torne-se possível uma abordagem terapêutica mais segura. A Emoção de Lidar favorece mil oportunidades para essas observações.”
A Casa das Palmeiras foi fundada em 23 de dezembro de 1956. Inicialmente funcionou em uma casa no bairro da Tijuca, cuja entrada era repleta de palmeiras, por isso o nome que lhe batizaram. As inúmeras reinternações dos doentes mentais levaram dra. Nise e sua equipe a pensarem em um método de aplacar essa desordem social, visto que na maioria das vezes a questão era de cunho familiar ou rejeição no ambiente social ao qual o cliente estava inserido. As reinternações eram mais constantes que as novas internações. O estado crônico de alguns clientes internados por longo tempo, em decorrência da falta de estrutura familiar ou abandono dos entes queridos, constituía um fator relevante para as inúmeras reinternações.
A ideia de ter um espaço que funcionasse apenas durante o dia e que fosse livre, que abrisse oportunidade para o doente se expressar livremente, foi o que impulsionou Nise da Silveira a dirigir esse trabalho inovador. Um espaço onde a Emoção de Lidar é o remédio.
Livres e protegidos, os ateliês de pintura, modelagem, artes aplicadas, xilogravura, marcenaria, encadernação, botânica, arranjo floral, teatro, música, cinema, lanche, baile, festas, grupo cultural, deram vida e alma às intenções das pesquisas de Nise. A produção criativa era possível a partir desse espaço protegido e afetivo. A Emoção de Lidar acontecia. As transformações ocorriam e as internações eram espaçadas cada vez mais.
Nise não se preocupava em descobrir artistas, mas se deparava com alguns de vez em quando. Assim, o trabalho da Casa das Palmeiras fluía. Entre tintas, pincéis, lápis e cola. Na argila e na madeira. Nos tecidos e nas linhas. Tudo era aproveitado e transformado.
Cada ateliê tem sua particularidade. Nas artes aplicadas, por exemplo, usam-se lãs, contas, tecidos, estopa, sacos, cordas, retalhos e tudo que for possível transformar. Cada participante escolhe livremente o que deseja usar e como vai fazer. O importante é como cada um executa a atividade, cria a sua peça. O manuseio, a manipulação dos objetos e a criação de imagens que têm sentido se dão na relação com o monitor, com a pessoa que catalisa os afetos. Pude experimentar situações que me fizeram entender o que é o afeto catalisador. Quando nos abrimos afetivamente ao trabalho na Casa, os vínculos ocorrem e podemos ter experiências catalisadoras e inibidoras. O fato é que estamos implicados e participantes da criação. Como dizia dra. Nise: “não se deve mergulhar sem o escafandro”.
“Gato, simplesmente angorá do mato,
Azul olhos nariz cinza
Gato marron
Orelha castanho macho
Agora rapidez
Emoção de Lidar.”
Conclusão:
O processo terapêutico é beneficiado pelo uso das técnicas expressivas como uma forma de facilitar e até mesmo acelerar o reconhecimento de imagens não-verbais. É, portanto, um atalho de aproximação do consciente com o inconsciente, formando um eixo de equilíbrio para a psique.
Cabe ao terapeuta observar a necessidade do uso das técnicas e o momento para aplicá-las. Em minha experiência, não encontrei contraindicação ao uso das técnicas expressivas, mas reitero a importância da cautela para introduzir cada uma das ferramentas disponíveis.
Todo o processo pode ser permeado por essas técnicas, que não precisam aparecer em todas as sessões. Isso vai depender da evolução e da necessidade de plasmar uma imagem. Normalmente, isso ocorre quando a imagem ainda não pode ser verbalizada.
O certo é que, de modo geral, os processos analíticos promovem transformações e nascimentos. O novo aparece em forma de uma criança, de uma pedra preciosa ou de algo que seja eterno ou represente renovação na vida da pessoa. Todo o processo é integrado através do que pode ser coagulado, do que se tornou real. A pessoa se renova através de uma imagem que materializa o que antes não era acessível.
“As funções criadoras surgem devido à repressão de instintos, a emoções intensas que ameaçam arrebentar a estrutura do ego. O artista consegue integrá-las às normas de seu ego.”
Na prática da Casa das Palmeiras, assim como no consultório, uso as técnicas expressivas com convicção, respeito e até mesmo reverência ao seu potencial curador. A fonte criativa, com sua capacidade de equilibrar e harmonizar o fluxo entre o inconsciente e a consciência, revela a experiência da liberdade e da plenitude àqueles que a experimentam. Não seria preciso dizer, mas recomedo.
Bibliografia:
Silveira, Nise. Imagens do Inconsciente. Ed. Vozes. Petrópolis. 1998.
Silveira, Nise. Casa das Palmeiras. Emoção de Lidar. Ed. Alhambra, Rio de Janeiro. 1986
Brasil, Claudia. Cores, formas e expressão. Ed. Wak. Rio de Janeiro. 2013.
Jung, C.G. Obras Completas, Vol. XVI. Ed. Vozes. Petrópolis. 1988.
Citações:
Carl Gustav Jung:
O símbolo é a antecipaçã
o de um estado nascente de consciência.
(Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo,161)
Através da ocupação ligada ao tratamento analítico, surgem experiências de natureza arquetípica à procura de expressão e forma.
(Psicologia do Inconsciente, 70.)
O NEURÓTICO É APENAS UM CASO ESPECÍFICO DE PESSOA HUMANA EM CONFLITO CONSIGO MESMA, TENTANDO CONCILIAR DENTRO DE SI NATUREZA E CULTURA.
(PSICOLOGIA DO INCONSCIENTE, 18)
O único sentido na existência é acendermos a luz nas trevas do ser puro e simples.
(Memórias, Sonhos e Reflexões, 389)
A dessacralização de nossa época tão profana é devida ao nosso desconhecimento da psique inconsciente
(O Segredo da Flor de Ouro)
Para mim não há a menor dúvida de que todas as atividades que se efetuam na consciência podem processar-se também no inconsciente.
(A Estrutura da Alma §[299])
O homem despertou num mundo que não compreendeu; por isso quer interpretá lo.
(Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, 40)
O inconsciente também faz parte da alma.
(A Estrutura da Alma)
Encontramos o arquétipo da criança em processos de individuação espontâneos e induzidos terapeuticamente.
(Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, p.303)
As crianças são educadas por aquilo que o adulto é, e não por suas palavras.
(Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo,163)
A “eterna criança” no homem é uma experiência indescritível, uma incongruência, uma desvantagem e uma prerrogativa divina.
(Os Arquétipos e o Inconsciente Colettivo, § 300)
A alma infantil, antes da etapa da consciência do “eu”, de modo algum se acha vazia ou sem conteúdo.
(JUNG,C.G.- O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE)
A criança se encontra de tal modo ligada e unida à atitude psíquica dos pais, que não é de causar espanto se a maioria das perturbações nervosas verificadas na infância devam sua origem a algo de perturbado na atmosfera psíquica dos pais.
(JUNG,C.G.- O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE)